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Volto JÁ

Volto JÁ

Ir ou não ir à Austrália? Eis a resposta

04.11.15 | Volto Já

Withsunday Islands

 

Quando falamos de viagens de uma vida, a Austrália surge no nosso imaginário. São mais de 22 horas de voo e muita ginástica financeira para lá chegar. É aquela viagem guardada para um momento especial. Para nós foi. Foi o destino escolhido para celebrar a Lua de Mel.

 

Deixem-nos contar uma pequena história antes de avançar. Na altura de preparação para o casamento perguntaram-nos numa loja qual seria o local escolhido para celebrarmos o amor, respondemos e ela devolveu: “É o primeiro casal que passa por aqui com passagens compradas para a Austrália em Lua de Mel”.

 

Não foi a nossa intenção fugir ao descanso de uma ilha paradisíaca para namorar, mas, para nós, a Austrália já pairava no nosso imaginário há algum tempo. E só existiam dois momentos para ser concretizado, no pós-casamento ou na reforma. Como sabem, aqui no Volto JÁ, gostamos de fazer as coisas acontecerem. E assim foi. Mas não pensem que não ponderámos, ponderámos, recuámos por vezes, mesmo sabendo que este era o destino ideal para os dois. Uma viagem de uma vida para começar a nova vida com um anel no dedo.

 

O planeamento para esta viagem foi o mais difícil de todos. Optámos, como habitualmente fazemos, por comprar tudo através de um computador, sem recorrer a agências.

 

Primeiro passo: Comprar as viagens

Já sabem que aqui a persistência tem de existir, com procuras diárias para as opções mais vantajosas, seja em valores ou em comodidades. Já referimos várias vezes, mas nunca é demais lembrar, procurem sempre pelos grandes aeroportos europeus como ponto de partida. No nosso caso escolhemos de Paris a Melbourne. Depois foi só comprar uma viagem do Porto até à capital francesa.

 

Segundo passo: Comprar voos internos

Quando se pensa que a etapa dos voos ficou resolvida no primeiro passo, aparecem as viagens internas. A Austrália é um país gigantesco, e se não queremos passar metade das nossas férias na estrada há que comprar as viagens aéreas. Comprámos mais quatro voos. Vejam os nossos planeamentos nos nossos roteiros (Melbourne e Great Ocean RoadAyers RockSydney e Queensland) nas notas finais.

 

Terceiro passo: Reservar hotéis

Mais uma vez lá estávamos nós a reservar os nosso locais para dormir e descansar. Foram sete camas diferentes, com muitos quilómetros de distância entre elas. Tudo com cancelamento gratuito, não fossem aparecer imprevistos. Nota para os amantes do pequeno almoço: Não têm habito de incluir esta revigorante refeição no alojamento.

 

Quarto passo: Alugar dois carros

O aluguer de carro é, à semelhança da Sicília e sul de França, uma experiência obrigatória na Austrália. Além de conduzirmos pela primeira vez com o volante do lado direito, este país fica ainda mais bonito através das janelas do nosso carro. A condução ‘à inglesa’ não é tão perturbadora como parece. Como tudo na vida, é uma questão de hábito. Mas atenção com os cangurus quando conduzirem à noite, aqui não há hábito que vos salve. E quando calcularem as vossas rotas lembrem-se que nem tudo é auto-estrada.

 

E então a resposta?

Ultrapassados os pontos de planeamento, chegamos então ao nosso veredito. A Austrália é o país mais fantástico que conhecemos até hoje. No dia em que saímos da Austrália sabíamos que não voltaríamos (tão cedo) a ver cangurus, coalas e outros animais estranhos. Sabíamos que não voltaríamos (tão cedo) a fazer parte da natureza selvagem do estado de Queensland. E, principalmente, que não voltaríamos (tão cedo) a passear por Sydney.

 

A Austrália tem locais majestosos, muitos deles de visita obrigatória porque não há nada parecido com o que se vê no resto do mundo, mas Sydney… é arrebatadora. Nem somos fãs de cidades grandes, com prédios enormes, mas quando pensamos nesse cenário, Sydney é aquilo que idealizamos. Para mais informações e impressões vejam os nossos roteiros (Melbourne e Great Ocean Road, Ayers Rock, Sydney e Queensland). Só para perceberem o quanto gostamos desta cidade, já marcámos (na nossa cabeça pelo menos) um novo encontro com esta cidade. E sabemos que irá valer a pena gastar todas as horas de avião para voltarmos a estar na marina que abraça a Opera House.

 

Melbourne é igualmente encantadora e irritantemente sossegada. Uma cidade grande, com muitos espaços verdes e amiga dos turistas e habitantes, mas falta-lhe aquele “je ne sais quoi” para ficarmos apaixonados.

 

Ayers Rock, a zona onde mora a ‘pedra’ mais sagrada da Austrália, é uma experiência única. Com um pôr de sol mágico e místico. Não podemos dizer que é uma visita obrigatória, até porque existem custos elevados associados para lá chegarem.

 

A costa de Queensland é para os aventureiros que têm coragem de fazer quilómetros e quilómetros pelas praias gigantescas australianas. A nosso ver, esta zona só faz sentido quando percorrida de automóvel. É selvagem, misteriosa e inesperada. Aqui tudo vos pode acontecer. Acreditem. As melhores histórias da vossa vida sairão deste estado. Enquanto turistas, as ilhas de Withsundays e Whitehaven são obrigatórias.

 

E quanto à famosa Great Ocean Road? Se estão a ponderar se vale a pena percorrer mais estrada à beira-mar, nós dissipamos as vossas dúvidas. Foi sem dúvida a experiência mais esquizofrénica das nossas viagens, mas ao mesmo tempo o dia mais relaxante das nossas férias. Foi aqui que percebemos realmente que não precisávamos de uma ilha paradisíaca para relaxar, precisávamos apenas disto, de ouvir o que há muito a Austrália nos tinha para contar e revelar.

 

Está no nosso ADN aventurar-nos pelo mundo para sentir a vida dentro de nós. E sabem que mais? Saímos desta Lua de Mel ainda mais apaixonados um pelo outro. Obrigado Austrália!

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