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Volto JÁ

Volto JÁ

Que tal uma escapadinha a Roma?

29.12.15 | Volto Já

Villa Medicci

 

Roma é um cidade cheia de locais inesperados, tem de ser explorada a pé. Por isso equipem-se com os vossos melhores sapatos, vão ser necessários para redescobrir a cidade eterna.

 

Dia 1

Comecem o vosso primeiro dia na capital italiana com uma visita a um dos grandes símbolos desta cidade, o Coliseu. O melhor é ir muito cedo para não serem apanhados em grandes filas. Outra sugestão é hora do almoço. O bilhete custa 12 euros e dá acesso também ao Palatino e Forúm Romano. Também podem tentar nas bilheteiras do Fórum Romano, normalmente tem menos fila. Se estão a perguntar se vale a pena visitar este trio de locais, a resposta é simples, é imperdível para quem visita Roma.

 

Ao saírem pelo Fórum Romano vão dar de frente com o Campidoglio, que ao lado tem o Museu Capitolino (15€). Se forem (muito) interessados em arte, não deixem de visitar, mas fiquem a saber que se estão com pouco tempo, ou não querem gastar muito dinheiro, podem passar este museu. É só mesmo para os grandes interessados em arte, pois nesta cidade há outros museus obrigatórios. Mas a verdadeira obra de arte deste espaço é o Monumento a Vittorio Emanuele II. Uma edifício majestoso que pode ser visitado de forma gratuita, mas o verdadeiro encanto está cá fora.

 

Se ainda estiverem com tempo, e forem grandes fãs do Império Romano, dêem um salto ao Mercado de Trajano e Museu dos Fóruns Imperiais. Tenham consciência que Roma é uma cidade onde as ruínas romanas são grandes atrações, por isso, visitem apenas se estiverem mesmo interessados. O bilhete custa 14 euros.

 

Querem acabar o vosso dia em grande, andem mais um pouco e vejam, de noite, a bela Fontana di Trevi (gratuito), a maior e mais ambiciosa construção de fontes barrocas da Itália. Este local é mágico e merece uma dupla visita, de dia e de noite.

 

Dia 2

Lembram-se de terem terminado o vosso dia anterior na Fontana di Trevi? Já estão com saudades dela? Então que tal voltar a visitá-la? Façam-no, não se vão arrepender. Agora de dia atirem uma moeda à água, dizem que dá sorte e os que o fazem voltam à Cidade Eterna. Andem apenas um metros para encontrarem o Panteão, uma das mais bem preservadas estruturas romanas antigas. Entrem, é gratuito, e olhem bem para cima e ao vosso redor.

 

Quem vai a Roma também vai à procura de duas especialidades gastronómicas: gelados e pizzas. Se estiverem com muita fome, vamos recomendar aquele que para nós serve as melhores pizzas à fatia da cidade, o Da Michelle, na Via dell'Umiltà, nas ruelas entre o Panteão e a Fontana. Está um pouco escondido e é muito pequeno, mas insistam porque vale mesmo a pena. Provem uma fatia de salsichas e brócolos ou de cogumelos e rúcula.

 

Continuam com fome e querem uma sobremesa à altura? Vamos então para os gelados. Os melhores são sem dúvida os do Giolitti, entre o Panteão e o parlamento italiano. Existem centenas de gelatarias, com milhares de sabores, mas este recomendamos de olhos fechados. Muita variedade e extrema qualidade na textura. Querem um conselho? Peçam uma recomendação aos senhores do Giolitti para vos fazerem uma combinação de sabores.

  

Piazza Navona

 

Continuem a vossa tarde a andar e a explorar à vossa vontade. Roma é mesmo isso, perder-se e encontrar algo inesperado em casa esquina. Mas não deixem de passar na Piazza Navona, uma das praças mais bonitas do mundo, pela Piazza Popolo e pelas lindíssimas ruas Via Margutta, perto da Praça del Popolo, e Via del Governo Vecchio, perto da Praça de Espanha.

 

Piazza Navona

 

E por falar em Praça de Espanha, é aqui que devem terminar o vosso dia. A desfrutar da vista e a passear pelas ruas onde moram as grandes marcas de luxo em Roma.


Dia 3

Preparem-se, pois este será o dia mais cansativo da vossa viagem. É a hora de visitar o Vaticano. Tal como foi recomendado para o Coliseu, vão muito cedo para não apanharem fila, ou tentem à hora do almoço.

 

Praça de São PedroVistas desde a cúpula da Basílica de São Pedro

 

A visita ao Vaticano é dividida em duas partes, a Basílica de São Pedro e os museus. No último domingo de cada mês, a visita aos museus é gratuita mas só é permitida a entrada até às 12h30, por isso fiquem atentos às horas. Caso a vossa visita não calhe no último domingo, recomendamos comprar os bilhetes para os museus, uma vez que a entrada na Basílica é gratuita, no site oficial, onde poderão encontrar ingressos com preços mais baixos e assim evitarem as filas de espera.

 

Comecem então pela visita à Basílica de São Pedro, a maior e mais importante igreja do catolicismo. Em Roma irão encontrar muitas igrejas espalhadas pela cidade, mas nenhuma será como esta. Aqui é o berço da fé católica. Lá dentro, e isto é importante, não deixem de visitar as tumbas onde estão sepultados alguns dos antigos papas. Estar à frente da tumba de São Pedro é algo que não se esquece.

 

 Na cúpula da Basílica de São PedroSaída da cúpula da Basílica

 

Também podem optar por subir à cúpula, que tem um custo de 5 ou 7 euros, mas desaconselhamos esta subida aos que estão em menos boa forma física, pois são mesmo muitas escadas, mesmo com a ajuda do elevador, e porque irão encontrar outras formas de desfrutar das vistas noutros locais.

 

Nos museus, deixem-se perder e envolver pelos corredores do, possivelmente, melhor museu do mundo - está na disputa com o Louvre. O problema dos museus do Vaticanos é estarem sempre cheios, por isso, o melhor é deixarem-se levar pela corrente das pessoas, ainda bem que há os jardins para descansarem. Quase a terminar vão passar pela Capela Sistina, fiquem o tempo necessário aqui. Mas não se esqueçam: ‘NO PHOTO!’

 

Basílica de São Pedro

 

Sabemos que o dia foi cansativo, mas ainda precisam de fazer mais uma coisa, que recomendamos por estarem muito perto, e trata-se da visita ao Castelo Sant’Angelo. Contudo, até aconselhamos que façam esta visita antes do Vaticano (se optarem pela entrada no estado mais pequeno do mundo à hora do almoço), isto porque irão desfrutar mais das vistas da cidade e podem comer um bom focaccia enquanto descansam. A entrada no Castelo custa 10.50€.

 

Querem terminar o vosso dia com um belo Tiramisú? O Pompi, o restaurante que diz servir o melhor tiramisú do mundo, abriu uma pequena loja perto do Vaticano, por isso aproveitem. Fica na via Cola di Rienzo, mas também existe em outros locais, como perto da Praça de Espanha.

 

Dia 4

Começamos este último dia com a visita a duas Villas, que, na Roma Antiga, eram moradias cujas edificações formavam o centro de uma propriedade que pertencia a famílias com grandes posses, e hoje são locais de visita.

 

Villa Medicci

 

Destacamos aqui as duas mais importantes e de visita obrigatória: a Medicci e a Borghese. Calma, elas são vizinhas por isso não terão de andar muito, mas mesmo assim vão gastar uma manhã. Comecem bem cedo pela Borghese, passeiem no jardim antes de entrar nas suas galerias, uma das mais impressionantes entre as Villas, contando com esculturas e pinturas de Bernini, Caravaggio, Leonardo da Vinci, Raffaello, Rubens, Ticiano. Não precisamos de dizer mais nada pois não? Recomenda-se fazer uma reserva antecipada na internet, mas a verdade é que das duas vezes que lá fomos compramos diretamente nas bilheteiras. O ingresso custa 11€.

 

Quando saírem, deixem-se envolver pelo espirito das famílias poderosas da altura, atravessem a rua e estão na Villa Medicci. E aqui atenção. As visitas têm de ser guiadas e parte delas são em francês e/ou italiano, só existe uma por dia em inglês, ao meio-dia em ponto. Por isso, se o inglês for mais fácil para vocês não se atrasem. O bilhete custa 12 euros e vale mesmo a pena.

 

Villa Medicci

 

Entendemos que estão muito cansados, já que vão no vosso quarto dia, e por isso aconselhamos fazer algo divertido, como andar num tuk-tuk pelas imediações da Villa Medicci. Uma hora é suficiente para descansarem um pouco e desfrutarem, uma vez mais, das vistas desta bela cidade.

 

Vistas desde a Villa Medicci

 

Se ainda estiverem com vontade de fazer mais visitas, uma mais rápida, recomendámos descer a Via Venneto, que aloja os hotéis luxuosos da cidade, e entrarem na Santa Maria della Concezione dei Cappuccini. Esta é uma visita mais mística, onde ficarão a conhecer o dia a dia dos monges e capelas decoradas com ossos humanos.

 

Agora, e para não se cansarem mais, apanhem um metro (cada bilhete custa 1.50€) até ao Circo Massimo, outrora um grande campo de animação para os romanos e nos dias de hoje é apenas um descampado. Passem por lá e dirijam-se até à Bocca della Verità. Não é um espaço de visita obrigatória, mas é algo divertido de se fazer, tirar uma foto com o/a vosso/a apaixonado/a.

 

Rio Tibre

  

Para se despedirem em grande de Roma, atravessem o Rio Tibre e deixem-se perder por Trastevere, é um dos nossos sítios preferidos de Roma. Outro conselho que vale ouro: Já ouviram falar dos Aperitivos em Roma? Pois, aqui, nesta zona há imensos e muito bons. Nos aperitivos podem comer, sem pagar, o que estiver em cima da mesa ou balcão, para isso basta apenas pedir uma bebida para acompanhar a vossa refeição. Querem saber onde está o melhor? Na Via del Politeama, em Trastevere (4-6) e chama-se Freni e Frizioni. Os cocktails (10€) são possivelmente os melhores que já bebemos em toda a nossa vida. E é desta forma que se vão despedir de Roma, deixem-se levar pelo momento.

 


Notas: Se tiverem tempo, o que achamos difícil, visitem ainda as Basílicas di San Giovanni in Laterano, Santa Maria Maggiore, Basílica di Santa Maria D’Aracoeli e Santa Maria degli Angeli e dei Martiri. Todas de entrada gratuita e ficam perto da Estação de Termini.


Alojamento: Apesar de ser necessário andar muito a pé pela cidade, é importante ficarem bem alojados, já experimentámos ficar no Hotel Anahi (cerca de 90 euros por noite sem pequeno almoço), perto da Praça de Popolo, e no Trevi B&B Roma (80 euros por noite com pequeno almoço), perto da Fontana di Trevi. 

 

Como ir do aeroporto para o centro:
Fiumiccino: Apanhem um metro até ao centro, é cómodo e barato.
Ciampino: Podem apanhar um autocarro da Terravision (4€) até Termini ou, se tiverem mais tempo e querem gastar menos, podem apanhar um autocarro de serviço público até Anagnina (1,20€) e depois o metro (1.50€) até à estação mais próximo do vosso alojamento.

Hello New York, can we meet you?

23.12.15 | Volto Já

Vista para o Empire State Building, através do Rainbow Room do lounge SixtyFive@Eliana Miranda

 

Uma viagem a Nova Iorque será sempre marcante. É das cidades mais procuradas do mundo, nem que seja para perceber o porquê de ser tão visitada e ter uma opinião. A cultura audiovisual bombardeia-nos com imagens desta cidade norte-americana e estará sempre nas listas de “a visitar”.

 

Há algo em Nova Iorque que não existe em mais lado nenhum. Por cá, no Volto JÁ, gostamos igualmente do cinema norte-americano e do francês, mas o estilo cinematográfico americano tem algo que mais nenhum tem. E porquê? Porque consegue transmitir perfeitamente a palavra “sonho”. Há algo na cultura pop que nos faz querer visitar NY, que nos faz querer fazer parte desse dito ‘sonho’.

 

A nossa viagem aconteceu precisamente há dois anos, aproveitando, claro está, a quadra festiva do momento, o Natal. Queríamos ruas iluminadas, neve e frio. Quem já foi na primavera ou outono diz que é igualmente espetacular, ou até melhor, com destaque para o Central Park, o espaço verde da cidade, que ganha cor e vida nessas duas estações.

 

O que vamos falar daqui para a frente pode ferir os mais sensíveis e amantes desta cidade, por isso perdoem-nos. Não tomem isto a peito, como sempre dizemos, isto é um blogue, é a nossa opinião, vale o que vale.

 

Para começar, temos de dizer que fazemos parte de um grupo exclusivo de pessoas que não ficaram rendidos a NY. É bonita, tem centenas de experiências para viver, excelentes opções gastronómicas, mas saímos de lá sem perceber se houve química entre nós e a cidade. Pode estar relacionado com o nosso estado de espírito no momento em que lá estivemos, não sabemos… Temos a certeza que já aconteceu a todos os que nos estão a ler. Há cidades espetaculares que aparecem no momento errado das nossas vidas. Se calhar fomos nós que não quisemos conhecer Nova Iorque, mesmo que ela estivesse cheia de vontade de nos mostrar o que realmente vale.

 

Mas o que conta é a semana que lá passámos e é isso que vamos comentar.

 

Nova Iorque tem as suas grandes avenidas, com prédios gigantescos e imponentes, mas não deixa de ser um aglomerado de betão, perfeitamente alinhado. Por cá, gostamos de edifícios antigos, gastos pela sua importância histórica. A Times Square é outro lugar obrigatório, sem dúvida, ganha mais vida de noite, mas mesmo assim não deixam de ser painéis gigantes de luz.

 

Não somos amantes de museus de arte contemporânea, daí não termos ficado impressionados com o MoMA (Museu de Arte Moderna) ou com o Guggenheim. Preferimos claramente o Metropolitam Museum of Art, mas existem outras opções bem melhores na Europa (Vaticano, Louvre ou Prado).

 

Calma, obviamente que existem os pontos positivos e destacamos a Brooklin Bridge e também os 'decks' de observação do Empire State Building e o Rockefeller Center. São arrebatadores e dão-nos a visão do quão arrasadora é NY desde o alto. O passeio pela ponte de Brooklyn, que liga os distritos de Manhattan a Brooklyn, foi das coisas que mais gostámos de fazer.

 

Outro local onde tínhamos muita expetativa era o Memorial do 11 de Setembro que, infelizmente, não passa de uma atração, onde não se sente o peso da tragédia que abateu a cidade. Nem os dois espaços com água corrente conseguem silenciar as vozes que se ouvem pelo local onde sustentava as duas torres gêmeas.

 

Outra coisa que adoramos fazer quando viajamos é sentar numa esplanada depois de andar tanto de um sítio para outro. Talvez por ser inverno, não sabemos, mas não é um cidade que nos convida a sentar, desfrutar e observar o movimento. Para os que querem um pouco mais de serenidade visitem então o Central Park, o pulmão da cidade, e também o parque suspenso de Chelsea, conhecida como High Lane. Neste último, conseguem sentir o vibrar da cidade, mas sentindo-se mais resguardados.

 

E quanto a opções gastronómicas (já sabem que adoramos comer bem) temos obrigatoriamente de destacar um dos restaurantes mais fascinantes que visitámos desde que começamos a viajar. Se forem a Nova Iorque não deixem de jantar no Fig&Olive em Meatpacking, recomendamos de olhos fechados. É o tipo de restaurante com estilo descontraído, com música eletrônica de ambiente, um bar central para nos servirem um cocktail enquanto esperamos pela nossa mesa. Arriscamos a dizer até que foi um dos dois momentos mais espetaculares da nossa viagem. Mas se querem algo mais nova-iorquino, mas com estilo, comam no Bill´s Bar & Burguer. Delicioso.

 

Falámos em dois pontos altos e estamos prestes a revelar o segundo. O nosso alojamento. Ficamos num apartamento autónomo em Newport, New Jersey. Já sabem que privilegiamos a localização e preferimos ficar sempre no centro das cidades. Mas devido a alterações de última hora tivemos de mudar de alojamento. E esta revelou-se muito acertada. Ficamos nos Sky City Apartments at Riverfront North e podemos dizer que foi assombroso. Num bairro sossegado e fácil de chegar à ilha Manhattan (através do comboio PATH) e o melhor de tudo eram as nossas vistas para o World Trade Center (zona financeira). Desligar as luzes do nosso apartamento, suspirar enquanto fechávamos as cortinas e olhar para o que tínhamos em frente, é algo que não iremos esquecer.

7 Razões para amar Nova Iorque

09.12.15 | Volto Já

Vista sobre Manhattan, através do observation deck do Empire State Building @Eliana Miranda

 

Eliana Miranda

Este podia ser mais um título de um blockbuster com a Big Apple a servir de cenário, mas não é. É apenas uma das razões (ou, neste caso, sete) que coloca Nova Iorque no 6º lugar do ranking de cidades mundiais preferidas pelos turistas, segundo o 'Global Destinations Cities Index'. A cidade que para muitos não passa de um cliché fez desde sempre parte dos meus desejos e, quer queiramos quer não, carrega com ela uma magia inegável. Uma magia que nos transporta através dos filmes e nos faz sonhar ser o ator principal. E quando o João e a Ana me pediram para escrever sobre ela dei pulinhos de contente. Primeiro, porque escrever é a minha grande paixão. Segundo, porque Nova Iorque vem a seguir. E este pequeno texto é para aqueles que acreditam em sonhos e que, tal como eu e os autores do Volto Já, nunca desistem deles.

 

  1. O outono

Cada estação do ano tem a sua magia mas o Outono é, sem sombra de dúvidas, uma das melhores alturas para correr NY de lés a lés. Além das temperaturas bem mais amenas, e dos saldos (para quem for fashion victim como eu), nos meses de setembro e outubro os parques ganham uma tonalidade tão quente que continuam a fazer-nos lembrar o verão. Além do pulmão da cidade, o Central Park, o meu destaque vai para o Battery Park. Em tamanho mini mas super catita e com uma vista incrível da 'Lady Liberty'. A minha dica: fazer jus à fast-food num picnic junto ao grande lago da Bow Bridge e, para os mais sonhadores, terminar com um passeio por Strawberry Fields onde se encontra o mosaico 'Imagine', dedicado à memória de John Lennon.

 

  1. As compras

Nem toda a gente aprecia a azáfama das lojas numa grande metrópole, eu confesso que isso me fascina. Mas vou contar-vos um segredo: a mítica fifth avenue faz parte do passado. Além de não ser particularmente bonita, lojas como a Zara e H&M roubam-lhe o encanto, sobretudo quando os preços duplicam em relação à Europa. Optem pela Madison Avenue, a mais luxuosa das avenidas a nível de lojas e das poucas onde as árvores decoram singelamente os passeios. A minha dica: aquelas pechinchas que toda a gente fala? Só no Woodbury Common Premium Outlets, em Central Valley (a cerca de 1h de carro de Manhattan), onde encontram centenas de marcas a preços irresistíveis.

 

  1. O distrito de Brooklyn

Além de dar o nome a um dos ex-líbris da cidade, a belíssima Brooklyn Bridge, Brooklyn é um dos five boroughs (distritos) de NY com uma vista privilegiada sobre Manhattan. De personalidade forte e independente, moderno e recheadinho de hipsters, o bairro de Williamsburg é o mais animado do distrito. Em plena fase de ascensão, este bairro é um dos mais en vogue do momento, onde muitos dos antigos armazéns da era industrial foram transformados em bares-lounge ou lojas cheias de irreverência. A minha dica: se existem finais de tarde perfeitos um deles é no rooftop do Wythe Hotel, a beber um cocktail, enquanto o pôr-do-sol realça o skyline de Manhattan.

 

  1. Os arranha-céus

Apreciar a cidade a partir do céu é algo a não perder e as vistas mais procuradas continuam a ser as do observation deck do Empire State Building (ESB) e do Top of the Rock. Ambas de cortar a respiração mas, na minha opinião, quando a disputa se trata da melhor vista o primeiro lugar vai para o 70º andar do GE Building no Rockefeller Center. É que ao contrário do ESB, que fica umas ruas atrás, é possível admirar o Central Park sem betão a atrapalhar. A minha dica: para quem quiser escapar às filas e entrar sem pagar bilhete basta subir ao Rainbow Room do nº 30 da Rockefeller Plaza. É lá que está o sofisticado lounge SixtyFive, onde pelo preço de um mojito ($25 sem filas) têm a melhor vista noturna da cidade.

 

  1. A Broadway

Nova Iorque já é, por si só, um espectáculo e os do Teatro da Broadway são, indubitavelmente, os mais prestigiados. No caso do 'The Lion King' estar esgotadíssimo, recomendo o clássico 'The Phantom of the Opera'. Um show arrepiante, tanto a nível de cenários como encenação, sem esquecer a banda sonora que faz dele um excelente musical há 25 anos consecutivos na Broadway. A minha dica: tal como a NYFW, a semana da moda que decorre duas vezes no ano, também a Broadway tem direito a uma semana dedicada a si. A vantagem são os bilhetes em saldos, 2 pelo preço de 1. Imperdível.

 

  1. Os filmes

Muitos são os filmes que nos fazem sonhar com Nova Iorque desde pequeninos. Quem nunca se riu com o 'Sozinho em Casa 2: Perdido em NY' que levante o braço. Em plena Fifth Avenue está o Hotel Plaza, onde o pequeno Kevin, perdido, aluga uma suite com o cartão de crédito do pai. E para as que vibram com 'Sex And the City', e adoravam ser uma Carrie Bradshaw por um dia, que tal um saltinho à Magnolia Bakery de Greenwich Village? Aproveitem para se lambuzar com um cupcake. A minha dica: as mais sonhadoras podem andar mais uns metros, até à Perry Street, e tirar uma selfie nas escadinhas do nº 66.

 

  1. Os museus

Não existe nada mais cultural do que uma viagem, mas para esta ficar completa tem de incluir um tour pelos museus da cidade. A começar no American Museum of Natural History, para todos os apaixonados por História Natural, e acabando no Metropolitan Museum of Art (MET) que para mim é só o mais belo e completo museu que alguma vez visitei. Sem falar no seu Rooftop Garden, no último piso, que nos faz quase sobrevoar o Central Park. MoMA e Guggenheim, para quem aprecia o modernismo e, claro, não esquecer a New York Public Library que apesar de não ser um museu deve fazer parte do roteiro. A minha dica: muitos deles têm tabelado um preço de bilhete de $25 designado como recomendado (suggested admission), o que significa que pode dar o que quiser. A maior parte dos turistas desconhece esta hipótese, mas basta chegar à bilheteira e dizer que pretende oferecer, por exemplo, $5 por um bilhete et voilá.

 

Confesso que não foi nada fácil resumir as minhas duas viagens em 7 tópicos. Diria até que parecia Missão Impossível, mas pelos vistos passei no casting. Tom Cruise, estudasses!

7 razões para amar Londres

03.12.15 | Volto Já

 

 

Londres

 

Tânia Abreu

“There's nowhere else like London. Nothing at all, anywhere.”

Vivienne Westwood

 

1 – A arquitetura

A beleza e multiculturalidade de Londres convida a vaguear e explorar as imensas e vibrantes ruas da cidade.

O ecletismo da arquitetura londrina surpreende-me sempre que visito. Do clássico ao moderno, tudo cabe nesta cidade, com remanescentes da era Medieval e da era Tudor que sobreviveram ao grande incêndio, edifícios Vitorianos e grandes arranha-céus repletos de originalidade.

 

2 – Os mercados

Há todos os dias e para todos os gostos. Camden, Portobello Road, Borough, Convent Garden, Old Spitalfields, Southbank Centre, etc.

Eu adoro os mercados de Camden, onde a excentricidade é a palavra de ordem. Vale a pena explorar os recantos, encontrando os mais diversos artigos enquanto se cruza as várias estátuas de cavalos dos antigos estábulos, túneis mais sombrios e lugares algo misteriosos.

A excentricidade de Camden contrasta com o encanto do famoso Portobello Road Market. Aqui, com tempo e paciência, podem fazer-se pequenas descobertas nas infindas tendas de usados, enquanto nos deixamos envolver pelo ambiente e pelas cores da rua.

 

3 – Os museus

São tantos os museus nesta cidade que o que custa é escolher. Sim, nem sequer “custa” entrar, porque a maioria tem entrada gratuita. Desde museus mais clássicos a modernos, de arte a história, de civilizações a natureza, há de tudo um pouco!

Todas as vezes que vou a Londres, não resisto a dar um saltinho à National Gallery. É maravilhosa por fora e por dentro, com um desfile de van Gogh, Monet, Gauguin, Degas, Redon, Cézanne... Sento-me por momentos na sala verde e fico a apreciar “o meu spot” – os Turner... Simplesmente delicioso!

 

4 – Os parques

Londres é rasgada por grandes parques. Maravilhosos refúgios para dar uma escapadela da agitação citadina. Nada como relaxar nos espaços verdejantes e tranquilos, admirar os jardins, partilhar um maçã com um esquilo (eles são inúmeros e bastante sociáveis) e dar um passeio de bicicleta. No Greenwich Park, até é possível ter um pé em cada lado do mundo.

O meu favorito: Regent’s Park, onde se pode subir ao Primrose Hill e deixar-se cativar pela esplêndida vista da cidade.

 

5 – O Showbiz

O West End oferece vários musicais. Alguns há 30 anos, diariamente, como “O Fantasma da Ópera” e “Os Miseráveis”. Há comédia, drama, ação, romance.

Fazendo jus à tradição de Shakespeare, também não faltam peças de teatro.

Além disso, Londres transporta-nos constantemente para o mundo do cinema, tanto pela possibilidade de chocar com o tapete vermelho nas premières na Leicester Square, como pelos vários locais que fazem emergir reminiscências de Closer, James Bond, Notting Hill, Harry Potter e muitos mais.

Um pouco afastado do centro, podem mesmo encontrar-se os Warner Bros. Studios, onde o encanto dos cenários da saga do Harry Potter se mistura com as interessantes noções do making of dos filmes.

 

6 – O lado alternativo

Conto sempre com Londres para me mostrar algo de novo e diferente. Ora sejam as pessoas ora os lugares. Camden, Shoreditch, Brick Lane... Um misto de estilos arrebatadores e originais, arte de rua e indie rock.

A cena musical transparece nos vários estúdios, lojas, salas de espetáculos e mesmo no metro e nas ruas. Numa qualquer noite na Koko, é possível que se assista à próxima banda do momento.

 

7 – As experiências gastronómicas

A gastronomia inglesa não é, de todo, famosa e o clássico “fish and chips” não me fascina. Contudo, desenganem-se aqueles que pensam que em Londres se come mal. Há experiências gastronómicas muito interessantes para todos os cenários, culturas e carteiras.

A comida de rua é, sem dúvida, um destaque nesta cidade, englobando o mundo em pequenas barraquinhas. Há também um frenesim de restaurantes a inaugurar constantemente e muito para experimentar. Para quem quer/pode gastar um pouco mais, há um sem número de restaurantes maravilhosos, muitos com estrelas Michelin.

Falando do típico, há algo de especial na cultura gastronómica inglesa: os famosos Five o’Clock Tea e English Breakfast. Para o chá das 5, o melhor é, sem dúvida, experimentar o requinte dos hotéis. Quem prefere algo mais original, recomendo o Mad Hatter’s Afternoon Tea no Sanderson Hotel. Quanto ao pequeno-almoço inglês, está disponível em vários locais. Eu recomendo o The Breakfast Club. E, sim, sabe mesmo bem comer ovos e bacon pela manhã!

 

Londres não cansa. Ela envolve e oferece uma espantosa multitude de culturas, História e arte – da primeira à sétima, nenhuma está omissa. A agenda cultural está sempre repleta e nunca “não há nada para fazer”.

Onde o clássico e o moderno se cruzam, onde todas as pessoas se encontram, está o Big Ben à espera do Volto JÁ!