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Volto JÁ

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7 Razões para amar Roma

23.02.16 | Volto Já

Roma à noite. Créditos: livrespensadores.net

 

João Agre

“Roma é como um livro de fábulas, em cada página encontras-te com um prodígio”, by Hans Christian Andersen

 

Escrevo para este blog, juntamente com a minha mulher, mas também tenho as minhas preferências. Já lá fui três vezes e continua a ser a cidade mais fascinante que já visitei. Confesso que à medida que a vou visitando vai perdendo o seu fulgor, mas também porque cresço enquanto viajante e procuro outras coisas que me satisfaçam. Contudo, quando me ouvirem falar ou escrever sobre Roma notarão a mesma paixão desde o primeiro dia que coloquei os pés na capital italiana.

 

1 – Perder-se na História

Se há cidade importante no mundo pela sua história, essa é Roma. Já foi a capital do mundo e hoje alberga os restos da nossa história, da nossa civilização, aquilo que hoje chamamos de sociedade moderna. Em cada esquina iremos tropeçar contra vestígios do Império Romano, seja guiado por um mapa ou pelo acaso. Há os que são pagos, e merecem uma visita, e há outros que nos aparecem à frente quando menos esperamos. “Roma não se fez num dia” e a melhor forma de descobrir as histórias por detrás da História é perder-se na capital italiana;

 

2- Os passeios a pé

É um chavão para todas as grandes cidades do mundo, mas aqui faz mais sentido do que nunca. Tal como referi na parte de cima, Roma é um museu a céu aberto, mas caótica. De metro ou autocarro não conseguimos absorver e apreciar toda a beleza de Roma, até porque parte desta tem de ser vista a poucos centímetros dos nossos olhos. Cada placa conta-nos a tal história que queremos levar para casa. Além do mais, ruas como a belíssima Via Margutta tem de ser apreciada pelos nossos próprios pés, com o olhar atento para a cor alaranjada dos edifícios e as flores que descaem nas varandas.

 

3- A luz de Roma

Sim, não bate a sua rival Paris, mas Roma ganha mais encanto à noite. Até porque é sabido que é uma cidade escura e suja, algo que não deve ser confundido com desmazelo. Roma é antiga, Roma é História. Limpá-la faria dela mais uma cidade entre muitas na Europa. Roma é bonita assim, desconstruída e selvagem, deixem-na ficar assim. Mas se querem lugares limpos, bem preservados, deixem-se levar pelas cores noturnas do Vittorio Emanuelle II, do Coliseu e da Fontana di Trevi. Impossível não ficar embasbacado com tamanha imponência.

 

4- O Vaticano

É uma região autónoma e não pertence a Roma, mas o Vaticano só é o Vaticano porque Roma existiu. O Cristianismo não seria o Cristianismo sem o poder absoluto e temível dos prefeitos de Roma. Sim Pôncio Pilates, estou a falar de ti. Religiões à parte, e isto tem de ficar bem ressalvado aqui, os museus do Vaticano, a Basílica de São Pedro e a Capela Sistina, juntos, formam o melhor museu do mundo. Já ouvi muitas pessoas dizer que existem igrejas mais bonitas em Roma do que a Basílica, mas não. O maior e mais importante edifício religioso do catolicismo do mundo é também o mais bonito de todos. O museu e a Capela de Sistina pecam apenas pela quantidade de gente que lá circula. Quando terminamos a nossa visita temos a sensação que visitámos algo grandioso, que nos encheu a alma, pelas obras lá presentes, pela importância histórica. Aqui está erguida uma ‘obra’ importante para perceber quem fomos e o que somos.

 

5- Os aperitivos romanos em Trastevere

Vá-se lá saber como é que os bares aguentam com tanta despesa em comida gratuita, mas a verdade é que esta é uma tradição italiana de há muitos anos. Para quem não sabe do que se trata passo a explicar: A partir de uma determinada hora (cerca das 19 horas) alguns bares/restaurantes colocam comida em cima dos balcões ou mesas e os clientes podem servir-se à vontade. Claro que convém abastecerem-se de uma bebida do estabelecimento, mas não precisam mais do que uma para se sentirem à vontade para repetir. Claro que estamos a falar de pratos rápidos, em estilo buffet. Recomendo o Freni e Frizioni, em Trastevere. Muita comida e variada e os cocktails (10€ cada um) são autenticas obras de arte.

  

6 – As ‘Villas’

É, em Roma não há muitos jardins para podermos desfrutar de uma bela pizza ou focaccia – como veem não faço referência à gastronomia romana porque não é o melhor que irão encontrar em Roma – e por isso a cidade eterna recorre às villas para podermos ter algum espaço verde. Em Roma há duas muito boas, a Medicci e a Borghese (que tem as melhores galerias de arte em Roma). E até são vizinhas. Outra sugestão, que não entra na categorias de 'villas', são as Termas de Caracala, mais afastadas do centro, mas que merecem uma visita para se ter (mais) uma noção da grandeza do império.

 

7- O Coliseu, Palatino e o Fórum Romano

Isto é uma lista pessoal por isso, como amante da história do Império Romano, tenho de destacar o Coliseu e o Fórum Romano. O Coliseu pode ser apenas um aglomerado de pedras em ruínas mas quando lá entro consigo transportar-me para os primeiros séculos depois de Cristo. Quando estou lá sinto-me como um romano, absorvido pela grandeza desta civilização. Ao lado está o Fórum Romano, outrora o centro do poder mundial. Está em ruínas, mas conseguimos imaginar perfeitamente como se vivia lá. Também ao lado está o Palatino, um pouco mais despido é certo, mas importante porque foi aqui que nasceu o Reino de Roma. E quando falamos em nascimento temos de recuar até aos 700 A.C., só para terem noção da importância do sítio.

 

Roma não é a cidade perfeita, nunca o foi e não é agora que o vai ser. Roma é para os que amam História e apreciam arte, fechado ou ao ar livre. Roma é para os que gostam de se perder e encontrar o inesperado. Roma é descontração. Esqueçam as pastas e as pizzas, Roma é mais do que isso, é querer fazer parte de uma história que continua a ser grandiosa.

Mulheres, Barcelona e uma despedida de solteira memorável

19.02.16 | Volto Já

Rooftop do W

 

Este é um post escrito pelo elemento feminino deste casal, dirigido ao sexo feminino. Claro que os senhores poderão inspirar-se no que vão ler, mas fica já o alerta de que os seguintes assuntos são histórias de miúdas.

 

Já todos sabemos onde foi o pedido de casamento, sabemos também onde foi a lua-de-mel, portanto a questão que se coloca agora é: então e as despedidas de solteiros? Pois bem, aqui vai o relato da minha despedida de solteira, digna de uma história do Volto Já. Escrevo sobre isso porque as minhas amigas não se pouparam em esforços e proporcionaram-me a melhor despedida de solteira que poderia ter tido, melhor mesmo do que eu teria organizado. Escrevo sobre isso também na esperança de poder ajudar quem precisa de dicas e ideias, pois, tal como eu, tem em perspetiva uma mão cheia de despedidas de solteira, já agendadas para 2016.

 

A primeira dica que deixo é para as noivas. Deixem que sejam as amigas a organizar a despedida de solteira e desfrutem de tudo o que elas prepararem para vocês. Já basta a imensidão de coisas que existem para organizar relativamente ao casamento, por isso delegar algumas tarefas é o melhor que podem fazer e as amigas vão adorar. Claro que isto implica total ignorância quanto ao que irá depois acontecer, mas se fosse de outra forma não teria metade da piada. E esta é precisamente a deixa para a segunda dica: amigas, mantenham o suspense, por muito que a excitação com os preparativos vos deixe cheias de vontade de contar tudo, controlem-se!! Todas gostamos de uma boa surpresa!

 

Aeroporto do Porto

Vamos lá então recuar até ao dia 28 de Agosto, 6h da manhã. Eu, em casa, à espera de uma das minhas madrinhas de casamento, que me levaria até ao destino da minha DS, no momento, ainda desconhecido para mim. Direção aeroporto (hum…estou a gostar). À chegada, lá estava o resto do grupo, maravilhosas e divertidas, apesar das poucas horas de sono. Eu estava em êxtase mas continuava na ignorância e assim fiquei até ao momento do check-in. E aí, o êxtase virou histerismo (o possível às 6h da manhã): BARCELONA!!!! Sim, estávamos de partida para Barcelona! Por 3 dias!! Uhuh!! Já quase todas tinham lá estado, eu inclusive, por isso tornou-se o destino ideal para um fim-de-semana despreocupado, perfeito para desfrutar apenas das coisas boas da vida, sem roteiros turísticos a controlar o relógio.

 

À chegada a Barcelona, apanhamos táxi até ao alojamento escolhido, dois apartamentos com capacidade total para 12 pessoas, da cadeia Eric Vokel Boutique Apartments, próximo da catedral da Sagrada Família. A decisão relativamente ao alojamento foi fácil, até porque já existiam boas referências da mesma cadeia, mas em Madrid, onde tínhamos estado no ano anterior, numa outra DS. Por isso, deixo aqui o link para o site e o selo de confiança do Volto Já. E aqui fica a terceira dica: o alojamento em apartamento permite ao grupo manter-se mais unido e à vontade, pela existência de salas e áreas comuns, do que o alojamento em quarto de hotel.

 

Check-in feito, malas arrumadas. Pode começar a diversão!

 

Dali seguimos para La Barceloneta, onde iríamos almoçar na famosa champanheria Can Paixano, uma espécie de tasca à espanhola, onde a especialidade são os bocadillos acompanhados de um copo de cava. Infelizmente, estava fechado. Ficará quem sabe para uma próxima DS. Sem grandes demoras, optámos então por uma das muitas esplanadas da zona e fizemos a festa ali mesmo, com um almoço tipicamente espanhol: tapas e cañas. Ora, o que apetece fazer depois de um bom almoço? Nada. Portanto, foi o que fizemos, fomos fazer nada para a praia. A praia da Barceloneta é relativamente pequena, principalmente para o número de banhistas que por lá aparecem, mas para nos refrescarmos do calor que se fazia sentir, serviu na perfeição. De qualquer maneira, para quem estiver interessado em conhecer, a Costa Dourada e a Costa Brava têm óptimas praias, próximas de Barcelona e facilmente acessíveis de comboio.

 

Bocca Chica, em Barcelona

 

Depois de umas horas de bronze e ansiosas para conhecer a noite barcelonesa, saímos para jantar. Tudo previamente agendado, mas eu claro, sem fazer a mínima ideia sobre onde seria o repasto nem sobre o que se seguiria. Até que o táxi pára junto à Catedral, uma das zonas mais animadas de Barcelona com um ambiente jovem e ruas cheias de restaurantes e cafés. O jantar foi no restaurante Cuines Santa Caterina, localizado no mercado de Santa Caterina, com um ambiente condizente com o daquela zona. O menu é bastante incomum, dividido entre tipos de alimentos e tipos de confeções culinárias. Espreitem o site para perceberem melhor do que estou a falar. A comida estava deliciosa e o preço médio de refeição rondou os 30€/pessoa com entrada, prato, sobremesa e sangria. Toda a gente sabe que estômagos felizes são um bom prenúncio, por isso a noite já estava a prometer e a paragem seguinte não desiludiu, também esta já previamente estudada. Estou a falar do bar Boca Chica, unanimemente eleito o ponto alto da noite. O espaço é lindíssimo, a decoração super elegante, o serviço irreprensível e os cocktails maravilhosos. Merece mesmo uma visita, aliás, numa próxima visita a Barcelona, vou com certeza lá voltar. Não posso deixar de recomendar às meninas que visitem a casa-de-banho do piso inferior, ela própria já quase tão famosa e elegante quanto o Bar. Só uma palavra: photobooth!! (sim, dentro da casa de banho). Obviamente, no Boca Chica, 3 horas passaram à velocidade de 30 minutos, pelo que o estado de espírito à saída era de festa e ninguém estava ainda pronto para regressar ao apartamento. Pedimos uma recomendação aos funcionários do bar e seguimos para a discoteca Sutton, sem dúvida digna de encerrar esta noite perfeita.

 

Rooftop WSupresa por parte do staff do WRooftop do W

 

Sábado de manhã, poucas horas de sono, mas a motivação para levantar era muita, embora eu não pudesse ainda partilhar desse entusiasmo, uma vez que o plano para esse dia era mais uma das surpresas para a noiva. Aguardava-nos um dia de piscina no hotel W, em cabine privada, com vista para a praia. Maravilhosa surpresa! Só tenho a agradecer às minhas amigas (muito!) e à gestão do hotel, que conseguiu tornar a nossa tarde ainda melhor com uns pequenos mimos, champagne e macarrons. Há lá coisa mais girlish do que isso? Delícia! Entre brincadeiras, gargalhadas e banhos de sol, chegou a noite. E para a noite já havia também algo preparado, porque estas miúdas deixaram muito pouco ao acaso. O jantar foi no El Nacional, uma espécie de complexo gastronómico, com cervejaria, osteria, tapas, bar de cocktails entre outros conceitos. A decoração é diferente em cada um dos espaços, mas deslumbrante em todos eles. Sem dúvida, mais um dos locais da cidade onde vou querer voltar. Optou-se por fazer reserva na braseria, por ser um tipo de culinária mais consensual.

 

Restaurante El Nacional

 

A comida não desiludiu mas o melhor foi mesmo o espaço e o ambiente requintado, mas ao mesmo tempo descontraído, com o bónus de haver com certeza um espaço e opção culinária que agradasse toda a gente.  Aí a refeição rondou os 35€/pessoa com entradas partilhadas, prato e vinho. O resto da noite prosseguiu na mesma zona, no rooftop do hotel Condes de Barcelona, com maravilhosa vista sobre a cidade, particularmente sobre a rua onde se situa, o Paseo de Gracia, para mim, uma das avenidas mais bonitas da Europa. Para terminar, escolhemos uma das discotecas da Barceloneta, esta zona também uma das mais movimentadas no que diz respeito a vida noturna. Aqui estão concentrados inúmeros bares e discotecas, o que faz com que quase tudo seja disputado, desde os clientes que são aliciados a cada passo para entrar nalgum bar, até aos táxis que são a maior disputa no final da noite. Ainda assim, no meio de tamanha confusão, conseguimos fazer uma boa opção para terminar a noite, num espaço super giro, ao ar livre e música bem ao nosso agrado. A recomendação que deixo neste caso é de que optem pelo bar/discoteca que vos agrade mais em termos musicais, foi o que fizemos e correu bem.

 

Para o dia seguinte, o último da nossa viagem, não foram feitos planos. Afinal, já íamos com dois dias e duas noites de festa, melhor não abusar destes corpinhos que se aproximam dos 30. Portanto, acordamos, saímos para almoçar e acabámos por fazer um almoço leve perto da Catedral. A tarde continuou serenamente pelas Ramblas, e o acaso acabou por nos surpreender com um final de tarde num dos cafés mais enigmáticos e fantasiosos que conheci, El Bosc de les fades. O interior do café é um verdadeiro bosque, com pequenos regatos, lagos e “fadas” a compor o cenário. Se ficarmos por lá algum tempo, ainda somos apanhados numa das pequenas “tempestades” que acontecem ao longo do dia, com apagão de luzes e até trovões. É dirigido talvez a um público mais infantil, mas os adultos não se sentem de todo deslocados e vale a pena conhecer. Fica mesmo ao lado do museu de Cera. E pronto, foi assim, entre fadas, que terminou a despedida de solteira que as minhas fadas madrinhas organizaram para mim. A elas, um muito obrigada!

 

Catedral de Barcelona

  

Sei que nem sempre é fácil conciliar gostos, vontades e carteiras, principalmente quanto maior for o grupo, mas com dedicação e boa vontade conseguirão certamente organizar algo à medida da vossa noiva. O importante é que ela esteja bem acompanhada e sinta que aquele é o momento dela. Tornem a despedida de solteira o mais especial possível, seja ela onde for. Jogos, dress code, noites temáticas, ajudam e muito à diversão. Reunidas estas condições, não há como falhar. Palavra de ex-noiva.

7 Razões para amar o Porto

05.02.16 | Volto Já

Cidade do Porto à noite. Créditos: visitportoandnorth.travel

 

Fomos ambos estudar para o Porto ainda adolescentes. Começamos a viver (como habitação secundária) no Porto em anos diferente. Encontrámo-nos muitas vezes pelos bares, discotecas e restaurantes da cidade Invicta. Não nos apaixonamos de imediato um pelo outro mas fomos criando, cada um à sua maneira, uma ligação muito forte ao Porto. Anos passaram-se e começámos a namorar com a Ribeira como testemunha. Razão mais do que forte para amarmos o Porto. Mas há muito mais para descobrir e por isso aqui ficam mais sete razões.

 

 

1 – A autenticidade

Mesmo que nunca tenham visitado o Porto, com certeza já ouviram falar das pessoas do Porto e do seu caráter. Tal como os seus habitantes, de personalidade vincada e “sem papas na língua”, também a cidade do Porto se apresenta assim, despida de artifícios e sem a pretensão de ser igual a nenhuma outra cidade europeia. Muitos consideram-na escura e suja, mas é aí que reside a sua verdadeira beleza, nessa autenticidade da cidade que se mostra a quem a visita, tal como é, sem esconder nem disfarçar a sua “pronúncia”. Ou se ama ou se detesta, mas ninguém lhe fica indiferente.

 

2 – A Gastronomia

Este é o momento em que todos os pensamentos estão sincronizados. Quem não está a pensar numa francesinha acompanhada de umas belas batatas fritas encharcadas de molho, que se acuse. Ir ao Porto e não provar francesinha é quase como ir a Roma e não ver o Papa. É uma iguaria que se encontra quase restaurante sim, restaurante sim, não terão dificuldade em completar este “must-do”, mas se querem uma dica, confessamos aqui que as nossas preferidas são as da Taberna Yuko, na Rua Costa Cabral. De qualquer forma, este ponto refere-se a gastronomia, pelo que seria redutor falarmos apenas de francesinhas. Nos últimos anos têm surgido na cidade inúmeros restaurantes, dos mais diversos estilos e conceitos, tornando a oferta cada vez mais apelativa e diversificada. Desde restaurantes de gastronomia regional a restaurantes gourmet, tapas, sushi, hamburguerias, há de tudo para todos os gostos e apetites…o difícil é mesmo escolher.

 

3 – A Diversidade

Passeios de barco pelo rio ou esplanadas à beira-mar. Subida ao topo da Torre dos Clérigos ou caminhadas pela zona Ribeirinha. Arquitetura tradicional de edifícios estreitos e coloridos como o bairro de Miragaia, ou arquitetura moderna e vanguardista como a Casa da Música ou o Porto de Leixões. Lojas elegantes com marcas de renome internacional ou concept stores com artigos de design. Galerias comerciais ou mercados de rua. Pic-nic no Parque da Cidade ou passeio com vista panorâmica pelos jardins do Palácio de Cristal. O melhor de tudo? Não precisa de escolher entre nenhum destes programas, pode fazê-los todos.

 

4 – Cultura e Entretenimento

Embora a maior parte dos grandes espectáculos do país aconteça em Lisboa, desengane-se quem pensa que no Porto se vive num marasmo. Há sempre alguma coisa a acontecer nesta cidade. É possível assistir a espetáculos de música, comédia, dança ou teatro, frequentemente, em vários espaços da cidade. Aliás, alguns festivais musicais são já uma referência a nível internacional, como o caso do NOS Primavera Sound.

Há também opções para os que preferem outras artes como pintura, fotografia e/ou escultura, com exposições regulares, entre outros locais, nas várias galerias da Rua Miguel Bombarda, no Instituto Português de Fotografia, no mais recente edifício AXA, bem no centro da cidade, ou no Museu da Fundação Serralves. Neste último, destaque para o evento anual “Serralves em Festa”, que decorre geralmente em meados de maio, com entrada gratuita e 40 horas non-stop de concertos, exposições e outras atividades. Qualquer que seja a sua preferência, para que nenhum evento lhe passe ao lado, o ideal é consultar o site da Câmara Municipal do Porto (http://www.cm-porto.pt/).

 

Obviamente, este ponto não poderia terminar sem uma referência à maior festa da cidade, o São João, a 24 de Junho. Munam-se de martelos e alhos porros e juntem-se à multidão crescente que a cada ano festeja o Santo Popular Nortenho.

 

5 – Vida noturna

Como cidade universitária que é, não podia faltar ao Porto animação noturna à altura. Aqui a melhor recomendação que podemos dar é que se percam no centro do Porto. Comecem pela rua das Galerias de Paris e depois deixem-se ir aonde a movida vos levar, nem que isso signifique passar grande parte da noite na rua, em amena cavaqueira, com uma bebida na mão. E já que falamos de bebidas, deixamos uma sugestão: experimentem uma caipirinha de gomas, uma das opções da extensa lista de caipirinhas do CaipiClub. Gostem ou não, será algo que provavelmente não vão experimentar noutro sítio. Continuando, o mais provável será acabarem a noite num dos clubes da zona, o Tendinha para os amantes do rock ou o Pitch, para os que preferem um estilo mais electrónico, mas até lá haverá com certeza um bar com animação à vossa medida: para os que gostam de recordar os anos 80 (Galerias de Paris), para os que preferem ritmos mais comerciais e afro-latinos (Baixaria, Porto Tónico), para os que gostam de um estilo mais alternativo (Plano B), para os amantes de gin (The Gin House) ou para os que preferem os sítios da moda (Fé – Wine & Club).

 

Se não dispensam o fim de noite em discotecas, há também várias opções na cidade, mas já um pouco mais afastadas do centro, com destaque para a recente Kasa da Praia, na Foz, ou o Eskada Porto, na Rua da Alegria.

 

6 – A Vista

Há uma imagem inconfundível associada à cidade do Porto, que nunca deixará de nos deslumbrar: a vista da ribeira a partir de Gaia. É maravilhosa, tanto de dia como de noite, mas à noite é mágica, além de maravilhosa, com todas as luzes a cintilar sobre o Douro. Sim, somos suspeitos, adoramos as cidades à noite, quanto mais luz melhor, parece que é sempre Natal. Faz-nos felizes. Percorram o passeio pedonal da ponte D. Luís até à Serra do Pilar ou sentem-se na esplanada do hotel The Yeatman com um copo de vinho, do Porto claro, e sejam também felizes. É cliché mas é um cliché dos bons, daqueles que nos lembram o motivo porque gostamos tanto de viajar.

 

7 – Arredores do Porto

A proximidade da cidade a outros pontos de interesse turístico, bem como a grande acessibilidade em termos de transporte, é mais um ponto a favor do Porto.

 

Para não nos alongarmos demasiado, deixamos aqui apenas duas recomendações de visita, de entre muitas possíveis e igualmente merecedoras.

 

Recomendamos a visita ao Douro vinhateiro e esta vamos decretá-la uma obrigação e não uma recomendação. Desculpem o autoritarismo, mas assim que lá estiverem até nos vão agradecer. São paisagens únicas e deslumbrantes, e as opções de hotelaria e restauração, bem como de visita a adegas e caves de vinho, não deixarão ninguém ficar mal. Se puderem, façam um cruzeiro no rio ou uma viagem de comboio na linha do Tua. É Portugal rural no seu melhor.

 

A segunda recomendação será para explorarem um pouco a costa a norte da cidade. São poucos os quilómetros que ligam o Porto a Ofir ou até mesmo Viana do Castelo, mas muitas as praias que podem visitar, algumas delas com excelentes condições para a prática de actividades aquáticas como o surf, bodydoard, kitesurf e paddlesurf, entre outros. Aproveitem e fiquem para almoçar. Vai ser difícil não se deixarem tentar pelo delicioso aroma de peixe grelhado que vão sentir por esses lados.