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Volto JÁ

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Roteiro: Visitar Cracóvia com bebés sem deixar os pontos "obrigatórios" de fora

16.03.19 | Volto Já
Se está a planear uma viagem a Cracóvia, com intenções de visitar o memorial de Auschwitz e as Minas de Sal, acompanhado de um bebé, então este guia é para si.
Roteiro: Visitar Cracóvia com bebés sem deixar os pontos
 

A cidade de Cracóvia é a segunda maior cidade da Polónia, atrás da capital Varsóvia, e uma das mais procuras no leste europeu. Locais de interesse como Auschwitz e as Minas de Sal aumentam as visitas a esta cidade com um centro histórico encantador, plano e com muitas opções (boas) de restauração.

 

Em que altura fomos e como chegamos lá?

No segundo fim de semana de dezembro. Viajamos desde o Porto até Cracóvia numa ligação (3h30) direta de avião, pela companhia Ryanair. Para chegar ao nosso hotel (distância de 17 quilómetros) fomos de Uber (7,50€), mas existem as opções tradicionais como autocarro ou comboio. As temperatura rondavam os 6 graus celsius.

 

O Hotel em Crácóvia

Optamos por ficar as três noites em Cracóvia, uma vez que as distâncias entre Auschwitz (70km) e as Minas de Sal (15km) eram curtas. O Garbary Aparthotel fica muito perto da praça principal da cidade (5 minutos a pé) e o trajeto para quem tem de empurrar um carrinho de bebé é bastante tranquilo. Contudo, não ficamos satisfeitos com a nossa unidade hoteleira, por isso recomendamos escolher outro, mas que fique perto da Praça do Mercado Principal. Quem, mesmo assim, quiser apostar no Garbary Aparthotel, fiquem a saber que custou cerca de 60€ a noite, num apartamento com dois quartos, existindo a possibilidade de colocação de berço mediante um custo de 20€ para as três noites.

 

Visitar as Minas de sal

As Minas de Sal ficam em Wieliczka, a 15km de Cracóvia, e como a distância era curta escolhemos, uma vez mais, viajar de Uber até lá. Para quem vai com bebés e um carrinho, por vezes, esta é a opção mais cómoda. A viagem de ida custou 7€ e a de regresso 9€. Os ingressos custam 20€ por adulto e crianças com menos de quatro anos não pagam. Tenham em atenção que todas as visitas são em grupo e guiadas, havendo dois tipos de visita, a turística (mais curta) e a mineira.

 

Para quem viaja com crianças recomendamos a mais curta, que mesmo assim dura duas horas. A visita começa com uma descida numa escadaria (única opção) que vai até 327 metros de profundidade e demoramos 10 minutos até chegar ao último degrau. É possível levarem carrinho de bebé, mas este terá de ser transportado à mão numa escadaria estreita, de lanços muitos curtos. Não levamos o carrinho. Uma vez lá em baixo, não se sente uma atmosfera claustrofóbica e em altura nenhuma a nossa filha, de dois anos, sentiu medo. Quanto à sua 'deslocação' no interior, fomos revezando entre colos e chão.

 

As casas de banho perto da bilheteira (exterior) estão equipadas com fraldários.

 

Visitar Auschwitz

Mesmo existindo a opção de comboio, não é a melhor forma de lá chegar, até porque chegando à estação mais próxima ainda terão de apanhar um autocarro para lá chegar. Além dos bilhetes serem mais caros, a viagem pode demorar 3 horas. Escolham ir de autocarro desde a estação central ferroviária de Cracóvia, com ligações diretas e económicas (5€ por pessoa), numa viagem que demora 1h30.

 

Agora muito importante: visitar Auschwitz é visitar dois lugares diferentes - o museu e o campo de concentração Birkenau. Este segundo é de entrada livre, sem necessidade de mostrar bilhete, ao contrário do museu, onde terão de reservar um bilhete (gratuito) para entrarem. Podem comprar diretamente na bilheteira (a evitar) ou reservar antecipadamente no site oficial, onde podem escolher por uma visita livre ou guiada. Façam a vossa reserva com a maior antecedência possível, pois os bilhetes esgotam rapidamente. Para aqueles que foram para Cracóvia sem bilhete (como foi o nosso caso) para entrar neste lugar obrigatório para qualquer ser humano não se preocupem, existe solução. Reservamos um bilhete de entrada e viagem de autocarro (ida e volta) através da plataforma Get Your Guide, tendo custado 23€ por adulto, crianças não pagam.

 

A grande questão: aconselham levar bebés?

Ora bem, foi uma dúvida que também nos assolou, pesquisamos bastante na internet sobre o tema - grande parte recomenda não levar bebés para o campo/museu -, mas a nossa filha foi connosco. Os responsáveis do museu não recomendam a entrada para menores de 14 anos devido à sensibilidade do tema e da força das imagens e objetos com que nos deparamos, contudo, um bebé ainda não tem essa sensibilidade e não era por isso que os utilizadores não recomendavam a entrada de bebés neste espaço, referindo-se ao 'barulho' e 'agitação' comum das crianças. Obviamente, como pais, somos os primeiros a sentir a responsabilidade em acalmar a euforia infantil (aliás, fazemos isso grande parte do tempo), mas em momento algum sentimos qualquer tipo de pressão por parte dos outros visitantes. Por isso, não fiquem receosos e não deixem de visitar este lugar que, infelizmente, nos faz sentir pais mais conscenciosos. A deslocação com carrinho não é fácil (devido à irregularidade do solo) em Birkenau, mas é no museu que as coisas ficam mais complicadas, havendo vários edifícios com escadas, por isso, recomendamos que os pais se revezem na visita por cada bloco.

 

As casas de banho perto da bilheteira (interior) estão equipadas com fraldários.

 

Restauração em Cracóvia

Se forem em dezembro, como foi o nosso caso, não deixem de comer no mercado de Natal na praça principal, onde há variadíssimas opções e para todos os gostos, desde sopas, sandes, pratos de carne, pierogis, churros ou vinho quente.

 

Depois, o tradicional Piano Rouge ou o sofisticado Art Restaurant foram as nossas escolhas para os jantares.

Roteiro: Façam um favor a vós próprios e visitem Siena o mais breve possível

16.03.19 | Volto Já
Continuamos a nossa viagem pela região da Toscana, em Itália. Chegou a vez de dar umas dicas sobre uma das nossas cidades preferidas: Siena.
Roteiro: Façam um favor a vós próprios e visitem Siena o mais breve possível
 

Siena é daquelas cidades que ganha logo um impacto tremendo à chegada, isto porque avista-se o centro histórico completo a partir de vários pontos (superiores) desde os arredores. Sabem quando têm aquela sensação de dúvida se é um lugar ou um quadro? É exatamente o que nos aconteceu quando avistamos Siena. Olhando para ela, com a sua típica arquitetura toscana, é impossível não parar e ficar a admirá-la.

 

Passamos um dia completo na cidade, que é o mínimo (dos mínimos) necessário para desfrutar e ver os principais pontos de referência. Os que pesquisam por Siena na internet irão deparar-se com a Piazza del Campo, a principal praça, onde decorre anualmente a mais conhecida festividade da cidade, a corrida de cavalos chamada Palio de Siena.

Piazza del Campo, Siena

É nesta zona que irão encontrar os restaurantes mais turísticos e emblemáticos. Não retirando mérito à Piazza del Campo, que vale dupla visita (de noite e dia), o mais desafiante de Siena é percorrer as ruas estreitas para lá chegar.

 

Junto do Pallazzo Pubblico (Câmara Municipal) está a Torre del Mangia, onde é possível subir para conseguir excelentes vistas da redondeza. Não o fizemos porque havia um carrinho de bebé para transportar e as escadarias são a única via possível.

 

Siena tem um ambiente de orgulho e poder, fácil de perceber por aqueles que passeiam por lá. Cada esquina é uma surpresa, com a possibilidade de encontrar a Catedral mais bonita do mundo, pelo menos na nossa opinião.

 

Os bilhetes para visitar esta autêntica obra de arte cristã custam 5€ ou 8€, dependendo da época. Tratando-se de um complexo que abrange a Biblioteca Piccolomini, o Batistério de San Giovanni, o Museu e a Cripta, os bilhetes para ver este grupo custam entre 8€ a 15€. Para ver isto tudo, mais a Porta do Céu (visita ao teto da catedral), o ingresso irá ter um valor de 20€.

 

Seja qual for o tipo de bilhete, não deixem de visitar, pelo menos, o interior da catedral, destacando-se os pilares de riscas brancas e pretas e os vitrais coloridos, sem esquecer o teto, de um surpreendente azul com estrelas douradas. Se olhar para cima deixa qualquer um boquiaberto, então o que dizer do piso, de um mármore branco com gravuras espetaculares.

 

Para refeições é simples, entrem no Consorzio Agrario Siena, uma mistura de supermercado com comidas take away para os almoços (típicos da Toscana) e sentem-se na Piazza del Campo. Para o jantar, basta escolher uma dos restaurantes da praça principal, no nosso caso, acabamos por nos sentar na Pizzaria Il Campo.

 

Depois de termos ‘recarregado as baterias’ no Four Points by Sheraton Siena (hotel afastado do centro histórico), seguimos a nossa viagem pela Toscana. Uma das paragens foi Montalcino, uma pequena vila medieval a cerca de uma hora de viagem.

 

É uma vila bastante pequena e pitoresca, conhecida por ser lar do vinho mais caro da Toscana, o Brunello de Montalcino. Tem o charme da Toscana e uma tranquilidade fora do normal, sendo por isso perfeita para umas boas fotografias e levar umas recordações para casa.

 

Ali perto, a 40 minutos de carro, fica também Montepulciano, outra vila encantadora e misteriosa (também em forma de bolo de noivos) que merece uma vista, nem que seja para uma refeição.