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Volto JÁ

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San Gimignano e Volterra: uma viagem até ao coração da Toscana

07.11.18 | Volto Já

Dois lugares encantadores que nos encantam mesmo antes de lá chegarmos.

 

Duas vila construídas estrategicamente no alto de colinas marcam uma forte presença mesmo à distância, mal começamos a avistar as imponentes torres de San Gimignano ou as muralhas de Volterra. Por esse motivo também oferecem vistas magníficas sobre o Vale D’Elsa.

 

Mas vamos por partes, pois cada uma delas merece a devida atenção.

 

San Gimignano

 

San Gimignano é uma vila medieval, cuja fundação data do século X, embora o seu auge económico se tenha vivido por volta dos séculos XII e XIII. Muito do que foi erigido nessa altura sobrevive ainda nos dias de hoje, nomeadamente as torres medievais construídas pelas famílias mais influentes da época como forma de ostentação do seu poder e riqueza.

 

Infelizmente, as rivalidades entre essas famílias levaram à destruição de alguns desses edifícios, existindo atualmente apenas 14 das 72 torres medievais originais. Ainda assim, é um número suficiente para nos impressionar e diferenciar San Gimignano de qualquer outra vila medieval.

 

Tudo está bem cuidado e preparado para deixar qualquer visitante rendido e, apesar de percebermos que estamos rodeados de turistas como nós, não deixa de se sentir um certo misticismo de épocas há muito passadas.

 

Aliado a isto, a sua localização, a meio de caminho entre Florença e Siena, faz com que seja um dos locais mais populares da Toscana para os turistas.

 

Se estiverem de carro demorarão cerca de uma hora e meia desde Florença (mais ou menos 60 km) ou uma hora, se o vosso ponto de partida for Siena, a cerca de 50 km. Se não tiverem carro, não há problema, facilmente encontrarão excursões de um ou meio dia a partir de qualquer uma das cidades mencionadas.

 

San Gimignano

 

Atenção que não é permitida a circulação de carros no interior das muralhas, pelo que terão de deixar o carro num dos parques públicos à entrada da vila. O preço do estacionamento varia em função da distância do mesmo, no entanto, não se assustem muito com a distância. Nós optamos por deixar o carro no parque de estacionamento mais afastado, o parque 1, que é também o mais barato (custo diário de 6 euros) e demoramos não mais do que 15 minutos até à praça principal, com um carrinho de bebé, sem dificuldades.

 

Um dia é suficiente para visitar San Gimignano, no entanto, optámos por pernoitar aqui, pois queríamos perceber como seria uma destas vilas à noite. Não queríamos sair da Toscana sem essa experiência.

 

Ficámos no Hotel León Bianco, que nos custou 260 euros por duas noites com pequeno-almoço em quarto duplo e não podíamos ter escolhido localização mais central, já que estávamos na principal praça da vila, a Piazza della Cisterna.

 

É um dos locais imperdíveis, juntamente com a Piazza del Duomo e as duas principais ruas, aVia San Matteo e a Via San Giovanni. Se estiverem numa de visitar museus, têm o Pallazzo Comunale, que vos dará acesso ao Museu Civico e à Torre Grossa, que vale pela vista desafogada sobre a paisagem circundante.

 

O nosso conselho é que se deixem apenas perder pelas ruas de San Gimignano, explorem o comércio tradicional e comprem algo que vos faça lembrar da Toscana quando estiverem em casa ou saboreiem um gelado nas escadas da antiga cisterna ou na escadaria da Duomo. Aliás, não podem sair de lá sem provar um gelado da Gelataria Dondoli, eleita durante quatro anos consecutivos (de 2006 a 2009) a melhor do mundo.

 

Se quiserem uma dica para jantar, vão ao restaurante Locanda La Mandragola, com boa comida e um jardim exterior romântico e acolhedor.

 

Volterra

 

Em Volterra estivemos apenas meio dia, mas foi o suficiente para nos perdermos pelas pequenas ruas e ficarmos apaixonados pelas vistas incríveis sobre o Vale D’Elsa.

 

Cerca de 30 km separam Volterra de San Gimignano mas contem aí com 50 minutos de viagem e muitas curvas. Sorte que a paisagem compensa.

 

 

Volterra.jpg

 

Tal como em quase todas as vilas medievais da Toscana, também aqui não é permitida a circulação de carros no interior das muralhas, mas pelo menos não precisam de abrir os cordões à bolsa, uma vez que há alguns lugares onde se pode estacionar gratuitamente.

 

Estacionamos junto à Porta di Docciola, por onde entrámos e onde nos deparámos com um dos cenários mais bonitos e cinematográficos da viagem. Uma enorme escadaria, ladeada por edifícios cobertos de hera, onde se ouviam apenas os sons da Toscana. Nem custou subir aqueles degraus todos com uma bebé ao colo.

 

Volterra

 

No cimo, esperava-nos Volterra, com a sua aura misteriosa. Aqui há muito menos turistas e, portanto, não se admirem por as casas não estarem pintadas de fresco ou por verem roupa a secar nas janelas. Esta é a verdadeira Itália guardada numa cápsula do tempo que nos transporta até à época medieval.

 

Não deixem de visitar a Piazza dei Priori, a principal praça da vila, a Catedral e o anfiteatro romano. E depois já sabem, pois o conselho é o mesmo, percam-se, de preferência, percam-se de amores.