‘The end of the f***ing world’ é para rir, chorar e vibrar em menos de 20 minutos
Esta é mais uma (das muitas) recentes apostas da Netflix, no seu catálogo de séries, aliás, a este ritmo, o canal por streaming arrisca-se a tornar-se no melhor amigo audiovisual do Homem.
A série passou um pouco despercebida, talvez pela sinopse delirante, mas é daquelas que merece sem dúvida uma vista de olhos, até porque a primeira temporada não irá ocupar mais de duas horas e quarenta minutos do vosso tempo. The End of the F***ing World (fica visualmente interessante censurar a palavra fucking) mais parece um filme dividido em oito episódios, mas pronto, a Netflix assim o quis e nós aceitamos de bom grado. Sendo curta, sempre dá para fazer uma pausa e deixar para o dia seguinte.
A série segue James, um jovem de 17 anos que acredita ser um psicopata e mata animais regularmente, e Alyssa, uma colega de classe rebelde que vê em James uma chance de escapar de sua vida doméstica tumultuada.
Porém, recomendamos consumi-la de uma vez só, como se fosse um café expresso depois de uma boa refeição.
Vamos lá então começar a aliciar os possíveis consumidores desta série, que se destaca pela forma como nos é apresentada logo no primeiro episódio, com uma boa realização e edição, fotografia condizente com a ação e uma montanha russa de emoções na ação da trama, esta última só irão entender lá para o quarto episódio. Se não estiverem a gostar, insistam um pouco até este capítulo.
Começamos por assistir a uma série típica de adolescentes, com todos os dramas inerentes de desenquandramento social, e, sem nos avisarem, estamos dentro de um Thelma e Louise em versão júnior.
O único senão a apontar é o discurso excessivo de Alyssa (Jessica Barden) como incompreendida, mas a ficção da Netflix já nos deu personagens mais irritantes, como a Hannah Baker (Katherine Langford) e Jessica Davis (Alisha Boe) em Por 13 Razões, por isso deixamos passar esta em branco.
The end of the f***ing world surpreende pela ousadia e coragem, sendo uma diversão extravagante para os utilizadores da Netflix, levando-nos para um conceito quase surreal que tanta falta faz aos que querem fazer uma pausa no mundo comum.
Ainda não está confirmada uma segunda temporada. Claramente, pelo final da primeira, que tanto serve para encerrar como para dar continuidade, a Netflix (que agora partilha os direitos com o canal britânico Channel 4) aguarda a receção do público, por isso toca a dar um 'thumbs up' na classificação da série, que merece uma segunda tentativa pelo seu arrojo.